sábado, 17 de dezembro de 2011

O Verdadeiro, Legítimo e Autentico "Sertanejo"



Ah! O sertanejo de anos atrás...quanta diferença surgiu ante as distorções dos dias atuais...
A gente tem la nossos devaneios, segredos curiosos. Mas hoje resolvi revelar um deles, e mostrar que entendo um pouco do som do sertão, o verdadeiro, legitimo, e autentico sertanejo.
Pode soar esquisito pra quem não suporta ouvir nem mais essa palavra por perto hoje em dia. Mas o sertanejo a qual me refiro é aquele que a juventude atual não suporta ouvir, acha brega, chato, ou melhor dizendo de "corno". Mal sabem, esse sim é o original praticamente inimitavel som vindo do interior de nosso país. 
Avaliar e comparar o atual estilo com o novo é quase algo ridiculo nos nossos dias. Desde o surgimento das primeiras duplas nos longinquos anos 30 e 40 a musica interiorana se direcionava a outras tematicas. Os "causos", homenagens, o amor de forma mais poetica e diversas homenagens ao homem do campo, da terra amada, de qualquer um que surgia na telha dos nossos primeiros menestreis do interior.
É bem dito por muitos interpretes do tal sertanejo hoje que as memórias destes tempos estão sendo bem preservadas. Mas não adianta de nada o cantor sertanejo hoje se dizer dentro do estilo mas simplesmente o distorcer em nome da fama e do dinheiro (que é o que eu mais tenho visto). 
O que se ve nesse segmento nos dias atuais são distorções gritantes do estilo, letras poluidas de obscenidades (não tanto como o funk, mas ja um tanto visiveis) sempre regadas a bebedeira sem noção, as piadinhas futeis e ao significado totalmente corrompido do verdadeiro amor. Realmente um assassinato diario de um estilo que está encravado, assim como vários estilos musicais do Brasil, na cultura nacional.
Foi da boca do saudoso Capitão Furtado, no antigo programa da radio nacional que surgira a "primeira" e mais conhecida dupla do sertanejo e do caipira. Foi ele que tirou os irmãos João e José Perez do anonimato os batizando de "Tonico & Tinoco". a dupla "Coração do Brasil" foi uma das maiores autoras de perolas e classicos do sertanejo arcaico. O próprio Tinoco, no programa "Viola, Minha Viola" da TV Cultura em 1981, ja afirmava corretamente como era o verdadeiro estilo sertanejo que pregavam. Com base na moda apenas se usufruindo da viola e de muita inspiração.
Na mesma linha, Tião Carreiro se juntava a Pardinho e criava o "pagode", bem diferente do tal "pagode" que ouvimos hoje. Tião pode se considerar um virtuoso da viola, brincava com ela a cada apresentação que surgia. Mesmo com a modernização do estilo nos anos 70 e 80, as duplas ainda eram muito mais fieis ao estilo nascido em terras como o interior de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goias e até mesmo o Rio Grande Do Sul.
Milionario & José Rico, Lourenço & Lourival, Trio Parada Dura, entre tantas e tantas duplas que surgiam mantinham a linha e começavam a acreditar mais no romantismo do sertanejo, mas sem exagerar na "melação". Esses dois exemplos, somados a tantos outros, ganharam uma infinidade de discos de ouro, platina e até diamante com exelentes vendagens aos aficçionados do meio.
Infelizmente a distorção começou a ficar irremediavel nos anos 90. E hoje, o que vemos em matéria de sertanejo é algo totalmente diferente do visto antigamente. Poucos ainda se aventuram a falar do sertão em suas faixas, o unico exemplo que consegui notar ainda o traço de "capirismo" foi o da dupla Vitor & Leo. Onde em muitas de suas canções se nota a presença dos elementos do sertão.
Não sei se verei dias melhores para este outrora glorioso estilo, mas aos poucos que possam ter entendido o meu recado sobre o que é mesmo o sertanejo, que fiquem os belos sons de uma epoca de ouro. Das duplas consagradas em vários rincões deste país com suas musicas inesqueciveis. Que fiquem os bons exemplos e que se respeitem, acima de tudo, os mais inesqueciveis nomes deste estilo que nós faz viajar pelo campo. 
Viva o verdadeiro, o legitimo  e autentico sertanejo!


Trazido até vocês por: André Luiz Bonomini

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